sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A Primeira Carta

 Algés, 23 de Fevereiro de 2022

Querido Eu,

Hoje escrevo-te com a novidade de que decidí escrever-te com mais frequência.

A ideia surgiu de uma conversa com a I que me sugeriu que escrevesse um livro, um sonho que, bem sabes sempre tivemos em comum.

Assim, e como não me recordava de um tema, decidí criar este "blog" com as cartas que pretendo trocar contigo.

Não sei o que andas a fazer hoje em dia, e espero que os teus planos tenham corrido bem e que estas linhas te encontrem feliz e mais estável.

Bem sei que provavelmente olhando para mim e para as histórias e reflexões que te pretendo contar nas cartas que pretendo escrever-te me vais achar um pouco excêntrico ou inseguro, mas peço-te paciência e compaixão na leitura delas, e que te recordes o quanto de ti partilhamos ou partilhámos neste passado do qual te escrevo.

Imagina-me como um D que partilha contigo as aflições da sua juventude...um filho que partilha contigo as aventuras e desventuras do crescimento e que tu, enquanto pai, te delicias nas suas ignorâncias bem ou mal colocadas, ou que, como pai também, tiras ricas lições para ti da sabedoria da minha inocência...de uma visão mais clara de quem foste e que te fez quem és.

Esta é a minha intenção quando te escrevo e te conto o que sinto...a minha fé é que vejas estas cartas com os olhos mais sábios de quem passou pelas loucura e saiu triunfante.

Se porventura leres estas linhas com o mesmo estado de espírito, então...bem pelo menos que sirvam para saberes que há coisas que sempre serão iguais a elas próprias. Que este és tu.

E assim começa este meu novo projecto.

Que nos sirva a ambos de algo.